Sensatez e Formosura

Artigo para a Revista Débora

 
O Padrão Estético de Deus para a Mulher

Toda mulher quer ser bela. Não fosse assim, nós mulheres não gastaríamos uma fortuna com produtos de beleza todos os anos, fazendo prosperar uma indústria que vai dos cosméticos às dietas de todos os tipos, às academias de ginástica e estética, às clínicas de cirurgia plástica.

O apreço pela beleza é inato em todas nós. Fomos criadas à imagem do Deus que é o Artista supremo, cuja obra revela, em quadros esplendorosos da natureza, quanto a beleza agrada a Deus. 

Assim, é natural e bom apreciarmos a beleza, e os esforços dedicados a aperfeiçoar nossa aparência refletem em parte nossa cooperação com a obra magnífica do nosso Criador. Entretanto, corremos o risco de nos deixar escravizar por padrões alheios ao propósito de Deus para Suas filhas. 

Os padrões de beleza que a cultura tenta impor vão do ridículo ao triste e mudam periodicamente ao longo dos anos. Você, mulher de hoje, se sujeitaria aos espartilhos e anquinhas que nossas bisavós usaram, ou aos pés enfaixados das chinesas, ou às perucas enormes, empoadas e piolhentas das francesas? É claro que não! Entretanto, a magreza exagerada e os corpos musculosos apresentados hoje como padrão de beleza para as mulheres também agridem a forma feminina conforme Deus a criou. 

Você sabia que a bulimia e a anorexia afetam quase exclusivamente mulheres jovens? Mas elas não são as únicas. Tenho visto mulheres de todas as idades escravizadas por esses padrões, a ponto de se matarem de fome para manter a imagem “ideal”. A propaganda, que vemos em toda a parte, procura forçar a grande maioria das mulheres a se encaixar num padrão que somente é natural para um pequeno número delas. 

Essa escravidão a padrões passageiros, segundo a Palavra de Deus, é insensatez. Ele, que não olha para a aparência, mas para o coração (1 Sam. 16:7), nos diz que a verdadeira beleza vem da harmonia entre a nossa aparência e aquilo que está no nosso coração. Se formos belas por dentro, seremos belas por fora, mesmo que nossos traços não sejam perfeitos ou nosso corpo não se encaixe no que é considerado o padrão atual de beleza.
Se o tempo e esforços que dedicamos ao cultivo da beleza física não forem comparáveis ao tempo e esforços que dedicamos à purificação e ao embelezamento do nosso coração, pela lavagem da Palavra que nos renova de dentro para fora, estaremos dando lugar à vaidade, o que também é insensatez.

Temos, portanto, uma escolha: viver escravizadas ao padrão que o mundo aponta hoje como belo, ou viver livres pelo padrão estético de Deus para nós – aquele que resulta da harmonia entre um coração alegre, confiado em Deus, e a beleza que não envelhece mas vai aumentando com o passar dos anos.